Empreendedorismo feminino pode ser qualquer ação empreendedora realizada por mulheres com o intuito de lucrar com ele, contribuindo para a ruptura de barreiras sociais. É fato que com frequência vemos mulheres conquistando novos espaços no campo social, lugares que antes era comum vermos ocupados por homens, e hoje com facilidade vemos a presença feminina. O empreendedorismo tem se tornado um forte aliado na busca por visibilidade nos negócios e avanços econômicos.
Podemos afirmar que o grande calcanhar de Aquiles das mulheres sempre foi a falta de autonomia financeira. Através do empreendedorismo mulheres estão se tornando protagonistas da própria existência e contribuindo pra uma sociedade mais justa e saudável. Contudo, embora os avanços tenham sido grandes nas últimas décadas, ainda existem muitos obstáculos a serem superados.
Precisamos admitir que, em nossa criação dentro de uma sociedade patriarcal, quando visualizamos a imagem de uma pessoa de sucesso no ambiente de negócios, ela está quase sempre atrelada a figura masculina. Como sociedade pensadora e questionadora temos o dever de fazer um movimento contrário para impulsionar novos modelos de consumo e contratos, para não continuarmos reproduzindo essa lógica encalacrada em nossa coletividade.
O que leva a mulher empreender
Além da busca por autonomia financeira, empreender é uma excelente forma de exercer todo potencial criativo feminino que o mercado tanto necessita e é tão pouco valorizado por grandes corporações. É também uma opção pra driblar o desemprego que é grande entre mulheres por conta do seu potencial reprodutivo, driblar desigualdades salariais, conciliar o trabalho com afazeres domésticos e cuidados com filhos, que ainda na maioria dos lares é papel exclusivo das mulheres. Dados de 2018 do Sebrae mostram que 48% das MEI existentes no país é formada por mulheres, e que as donas de negócios mesmo tendo maior escolaridade (16% maior) ganham em média 22% menos que homens na mesma posição.
Nesse sentido, apoiar negócios femininos é fundamental para impactar positivamente nossa comunidade, para que tenhamos espaços mais igualitários, aumentando rendimentos familiares, gerando empregos e sermos uma importante alavanca para conquistas sociais e questões de gênero. É necessário não glamurizar o empreendedorismo, compreendendo que esse não é apenas um espaço ocupado por executivas de grandes empresas com várias graduações. Dessa forma, podemos alcançar o grande sentindo de dar visibilidade ao trabalho de todas as mulheres e formar uma grande rede de apoio, consumindo e indicando o trabalho da vizinha que vende pães e bolos, a tia que faz artesanatos, aquela amiga que vende culinária saudável na internet. Assim, consolidamos uma ferramenta mais importante para estimular o empoderamento feminino.
Graduada em Direito pela PUCPR. Empreendedora na área de e-commerce. CEO & Diretora Criativa da Ninás.Brand
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